Timidez infantil: saiba como ajudar as crianças a vencê-la

Inúmeras crianças têm uma personalidade mais reservada, demonstrando serem mais quietas e se fechando ao desconhecido. São nessas atitudes que a timidez infantil se apresenta, podendo preocupar os pais e responsáveis se excessiva.

A timidez pode ter inúmeros graus, então, quanto antes for descoberta, melhores serão os resultados ao ser trabalhada. Afinal, a infância é uma fase ideal para tratar psicopatologias e conquistar mudanças efetivas para o resto da vida.

Compreendemos a preocupação dos familiares, principalmente, por se tratar de crianças, uma etapa importante para o desenvolvimento da pessoa. Assim, preparamos este conteúdo que traz informações importantes sobre o tema. Vamos nessa!

Como se caracteriza a timidez na infância?

A timidez da infância pode ser caracterizada como um comportamento mais reservado ou ansioso que a criança apresenta em situações sociais. Vale salientar que a timidez é uma característica natural e comum durante a primeira infância, e não deve ser considerada um problema. 

Cada criança é única, e algumas podem, inclusive, ser naturalmente mais tímidas do que as demais. O alerta é quando a timidez é excessiva, trazendo consequências, como a falta de interação social, do silêncio em situações desconhecidas, da falta de contato visual, da dificuldade em fazer amizades e muito mais.

Todos os comportamentos recorrentes da timidez devem ser observados pela família e por todos que têm convívio com a criança, a fim de fornecer apoio e, se necessário, buscar orientação de psicoterapeutas infantis.

Saiba quais as principais causas da timidez em crianças

A timidez em crianças pode surgir mediante um temperamento, um aspecto da personalidade.

Além das questões de personalidade e de genética (considerando que filhos de pais tímidos têm tendência de serem também), há o padrão de comportamento, do qual pode ser originado por meio de experiências vividas e de características das relações familiares, que incluem:

• críticas rígidas;
• bullying;
• falta de conexões interpessoais;
• negligência;
• superproteção;
• medo excessivo de falhas.

Um estudo disponibilizado pelo jornal Psychology Today apontou que 15% a 20% dos bebês já nascem com um temperamento inibido, tudo porque são facilmente intimidados e emocionalmente sensíveis, já demonstrando que terão uma personalidade tímida. 

Mas somente um profissional pode definir se a criança é ou não tímida, pois sintomas similares são detectados em síndromes como o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Saiba como a criança pode vencer a timidez

Quando a criança demonstra sinais de timidez excessiva, juntamente com a dificuldade de ter um convívio social, é possível adotar algumas práticas para fortalecer a autoestima e a desenvoltura dos pequenos.

Algumas ideias são:

• Tenha um diálogo aberto com a criança: procure estabelecer um vínculo de comunicação a fim de contribuir para que ela se sinta à vontade em expressar seus sentimentos. Sempre converse sobre situações adversas e que podem causar a timidez, estimulando-a a verbalizar seus medos, tudo sempre feito com respeito aos limites e ao bem-estar dessa criança.

• Não fale por ela: é comum que os pais falem pela criança, e isso não deve ser feito, pois o ato contribui para que o desenvolvimento da autoestima, da autonomia e de outras habilidades sociais seja afetado.

• Procure não expor a criança a situações que ela não se sinta bem: a partir do momento que existe a timidez, é importante respeitar os limites, dando pequenos passos para a confiança ser construída. Nesse caso, os pais devem evitar expor as crianças a situações ou ambientes de que ela não goste.

• Tenha atenção ao excesso de críticas: as críticas não construtivas são uma das causas da timidez, o que faz com que a criança pense antes de falar ou evite dizer para não se sentir exposta.

• Proporcione rotinas saudáveis: é preciso que a criança usufrua de uma rotina saudável, tendo tempo para estudar, brincar, ler, realizar atividades em família etc., manifestando-se em todas as atividades.

• Não fale que a criança é tímida ou precisa de mudanças: a criança não precisa ficar ouvindo críticas de que ela é tímida e precisa mudar, mas deve ser incentivada a realizar pequenas mudanças que vão favorecê-la a ser mais desinibida.

Você sabe quando a criança precisa de auxílio psicológico?

A partir do momento que os pais ou até mesmo a escola note que a timidez vem atingindo níveis preocupantes, afetando principalmente o bem-estar físico e mental da criança, é sinal de que um auxílio profissional precisa ser realizado.

Comportamentos no qual a criança se fecha mediante convívios com outras pessoas ou demonstra angústia e ansiedade excessivas são sinais da necessidade de contar com uma intervenção psicológica.

Ademais, observar, conversar, ouvir e estimular são passos essenciais no desenvolvimento infantil. Dito isso, pais, escola e todos que rodeiam essa criança devem estar sempre atentos e adotar cuidados capazes de promover a saúde mental e promover o desenvolvimento desses pequenos.

Esperamos que esse assunto tenha sido esclarecedor. Aproveite para conferir mais conteúdos como esse no nosso blog.

Não deixe de agendar uma sessão de psicoterapia infantil. Podemos auxiliar seus filhos a terem uma infância saudável.